Encontrar o amor pleno, o amor incondicional, o amor desmedido: ser mãe é viver ao mesmo tempo no auge da felicidade e da preocupação. É, em alguns momentos, ter o coração inflado como um balão e em outros, comprimido como uma azeitona. Ser mãe é se virar nos 30, dar um jeito, fazer o possível e o impossível. É ter mil braços, mil pernas e apenas uma mente. É improvisar. Sim, ser mãe é mesmo padecer no paraíso. É passar a entender a própria mãe, de quem tanto a gente reclamou. É sorrir com os olhos e sofrer com o coração. É entender porque a vida vale a pena de verdade.
Ser mãe é aprender eternamente, a cada dia, a cada hora. Ser mãe é pura emoção. É estar junto na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. É ser atropelada por um sentimento nunca imaginado. É tirar forças do útero. Ser mãe é saber viver. É descobrir como lidar com a culpa, com o medo da perda e com a paciência. Ser mãe é abdicar de muitas vontades, mas não de todas. É saber equilibrar, dar limites e educar. Ser mãe é andar na corda bamba, só que rindo à toa.
Ser mãe é deixar o egoísmo de lado na marra. É chegar do trabalho exausta e cair na gargalhada mesmo assim. É deixar de sair com os amigos para dar colo a quem mais precisa. Ser mãe é aprender a olhar fundo nos olhos, a falar e a ouvir. É dedicar a alma. É receber a alma. Ser mãe é enlouquecer de amor e de desespero. É chorar e rir ao mesmo tempo. É descobrir que não existe alguém no mundo mais importante do que um filho. Ser mãe é se doar, do dedo do pé até o último fio de cabelo. É ensinar valores, ensinar caráter, ensinar dignidade. É apresentar a vida, com suas alegrias e dificuldades. É saber a dose certa. É ser perfeita e imperfeita.
Ser mãe é, acima de tudo, a grande maravilha do universo e da natureza.
Um Feliz Dia das Mães a todos vocês!
Júlia
Barroso, é mãe do Pedro, e escreveu este texto originalmente para o site da KBR
Editora no dia 07 de maio.
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